O papel da inclusão digital na gestão escolar
Na
atualidade a inclusão digital é necessária para que o indivíduo não seja
excluído da vida social e também do mundo do trabalho. Diversas atividades do
nosso dia-a-dia necessitam de um mínimo de conhecimentos sobre computadores e
mais especificamente sobre o uso da internet. Essas mudanças na sociedade
ocorrem independentemente da vontade dos indivíduos, mas afeta diretamente suas
vidas. A cada dia que passa necessitamos de mais conhecimentos para fazer
atividades cotidianas e quem não se adéqua a essas mudanças, fica excluído.
É
através da internet, dessa imensa rede global de computadores interligados, que
nos comunicamos, nos informamos, nos expressamos das mais diversas formas,
tanto através das redes sociais estabelecendo relações de amizade e
profissionais, como em sites e blogs diversos relativos aos assuntos
profissionais e também de entretenimento.
Mas
para estar incluído digitalmente, não basta apenas possuir o computador, com
acesso à internet, é preciso acima de tudo saber usar as ferramentas com um
determinado objetivo, ou seja, saber o que e para que fazer. Segundo Montanaro:
“inclusão digital é o ato de dar acesso a
tecnologias de informação e comunicação a toda a população, oferecendo também
todas as condições necessárias para que elas utilizem computadores e todo e
qualquer dispositivo digital a fim de buscar melhorias em suas condições de
vida e de toda a sua comunidade.”
Nem a
escola, nem sua gestão podem estar alheias a este contexto. É claro que ainda é
essencial a escola o ensino da leitura e escrita, afinal, sem essas capacidades
o indivíduo não consegue utilizar quaisquer ferramentas digitais disponíveis para
a comunicação. É preciso que o aluno aprenda a ler e a escrever autonomamente,
para que possa utilizar os dispositivos digitais corretamente. Ao preparar o
educando para a vida, as novas demandas sociais não podem ser ignoradas pela
escola e isso inclui prepará-lo para a inclusão digital. Além do ensino da
leitura e da escrita, é preciso preparar a criança para utilizar esses
conhecimentos no mundo digital a seu favor, para melhorar suas condições de
vida e da sociedade na qual está inserido.
O
trabalho do gestor não escapa a esse aspecto. Se entendermos a gestão escolar
como gestão democrática, a participação da comunidade escolar é ativa, tanto no
levantamento dos problemas, como na decisão do melhor caminho para a resolução,
sendo gestão e comunidade corresponsáveis nesse processo. Desse modo, a
comunicação entre a gestão e a comunidade escolar, é intensa e necessária em
diversos momentos, podendo ser muito facilitada com o uso da internet.
Muito
mais eficaz que o envio de bilhetes escritos ou as ligações telefônicas, a
internet possibilita a comunicação com a comunidade em tempo real, agilizando e
facilitando muito o processo. Além disso, os usuários da internet não a acessam
apenas para obter informações, atualmente conseguem participar, opinar, interagir
e até mesmo em alguns casos modificar os conteúdos que acessam. Essa
possibilidade de interatividade, poderia, por exemplo, fortalecer a
participação do Conselho de Escola. Todos poderiam propor pautas para serem
discutidas nas reuniões e essas seriam de conhecimento de todos os membros com
a antecedência necessária para que pudessem consultar seus pares e votar de
acordo com a opinião da maioria. A própria votação poderia fazer parte de uma
consulta maior envolvendo toda a comunidade.
Tal
canal comunicativo entre escola e comunidade também atuaria como uma importante
fonte de avaliação do trabalho realizado pela escola. Através da possibilidade
de conhecer e opinar sobre o trabalho desenvolvido pela escola seria garantida
a comunidade escolar uma participação mais real e efetiva na gestão escolar.
Além
disso, cabe ao gestor liderar os debates sobre a inserção das tecnologias
digitais no processo de ensino-aprendizagem. Segundo Montanaro:
“E o
papel de um gestor educacional é absolutamente central nesse processo,
assumindo a liderança no debate da comunidade escolar para que se encontrem
caminhos de se inserir as tecnologias digitais nos processos de ensino e
aprendizagem de forma contextualizada no projeto político-pedagógico.”
Referências:
Montanaro, Paulo Roberto.
A internet e a inclusão digital. Disponível em: <http://www.cfge.ufscar.br/file.php/354/EG_2014/OT/Materiais_Didaticos/Material_Didatico_Principal/ot_materialdidatico_a_internet_e_a_inclusao_digital_de_paulomontanaro_versaofinal.pdf>
Acesso em: 10 jan. 2015.
Montanaro, Paulo Roberto.
A Web 2.0 e os paradigmas da participação. Disponível em: <http://www.cfge.ufscar.br/file.php/354/EG_2014/OT/Materiais_Didaticos/Material_Didatico_Principal/ot_materialdidatico_a_web20_e_os_paradigmas_da_participacao_de_paulomontanaro_e_albertooliveira_versaofinal.pdf>
Acesso em 10 jan. 2015.
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